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Inclusão digital: como garantir o acesso de todos às tecnologias de informação e comunicação

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Democratizar o ensino de programação e desenvolver competências para lidar com o mundo online são fundamentais para a participação plena na sociedade digital


Você sabe o que é inclusão digital e por que ela é tão importante? De acordo com o estudo TIC Domicílios 2024, do Comitê Gestor da Internet no Brasil, o número de usuários com acesso à rede no país passou de 32 milhões, em 2005, para 141 milhões, em 2024, alcançando 86% da população urbana.  

Mas será que apenas isso é suficiente? Na prática, a inclusão digital vai muito além da conexão à internet. Ela significa garantir que todas as pessoas tenham acesso de qualidade e saibam utilizar os recursos digitais de forma adequada e crítica. 

Na educação, a inclusão digital contribui para que os estudantes se tornem protagonistas do próprio aprendizado, acessando informações e produzindo conhecimentos, não se limitando a serem apenas consumidores de tecnologia.  Neste post vamos falar sobre o que é a inclusão digital, a importância que ela tem para a educação, os seus principais desafios e como promovê-la.  

O que é inclusão digital? 

A inclusão digital diz respeito ao acesso e uso das tecnologias de informação e comunicação por todos, de modo que todas as pessoas possam participar e se beneficiar dos recursos do mundo digital. Isso inclui não só dispositivos, como computadores, tablets e smartphones, e conexão à internet de qualidade, mas o letramento digital - capacidade de utilizar o ambiente digital de forma ética e crítica.   

Em um mundo cada vez mais conectado, é essencial saber usar as ferramentas digitais para além do entretenimento, aproveitando todo o potencial que o digital tem. Na educação, essa inclusão significa oferecer condições reais e equitativas para que todos os estudantes possam ter acesso às ferramentas, conteúdos e todas as oportunidades que o ambiente digital pode proporcionar. 

Ou seja, não basta estar online, é necessário usar a internet de forma adequada e eficaz, e até mesmo criar soluções digitais, como aplicativos, jogos ou programas simples. Por isso, o letramento digital precisa ser tratado como parte fundamental do ensino digital. 

Importância e benefícios da inclusão digital na educação 

Com os avanços tecnológicos e as mudanças no ambiente digital, quem não tem acesso a ferramentas digitais pode ficar em desvantagem. Por isso, a presença de recursos digitais nas escolas e o ensino de programação, por exemplo, são essenciais para garantir igualdade de oportunidades e oferecer uma educação alinhada à Base Nacional Comum Curricular (BNCC). O documento reconhece a importância das competências digitais na formação integral dos alunos. 

No complemento BNCC Computação, o documento detalha as competências e habilidades relacionadas ao pensamento computacional, ao uso responsável da tecnologia e à criação de soluções digitais.  

Entre os principais benefícios da inclusão digital estão: 

  1. Autonomia e protagonismo: ao permitir que os estudantes busquem informações, escolham caminhos de aprendizado e criem soluções de forma independente, tornando-se agentes ativos na construção do próprio conhecimento. 
  2. Melhoria na qualidade do ensino: recursos digitais podem enriquecer o processo de aprendizagem, tornando-o mais interativo, personalizado e adaptados às necessidades dos alunos.  
  3. Desenvolvimento de competências: habilidades como pensamento crítico, resolução de problemas e colaboração, essenciais para o século XXI, são potencializadas com o uso de tecnologias educacionais. Isso porque essas ferramentas oferecem ambientes interativos e acesso a diferentes perspectivas, estimulando a análise, a criatividade e o trabalho em equipe. 
  4. Preparação para o mercado de trabalho: a familiaridade com ferramentas digitais é fundamental para a inserção profissional em diversas áreas. 
  5. Redução das desigualdades educacionais: a tecnologia pode ser uma aliada na democratização do acesso aos conteúdos de qualidade. 

Principais desafios para a inclusão digital 

Apesar dos avanços, a inclusão digital ainda é um desafio. Segundo o estudo Conectividade Significativa, do Comitê Gestor da Internet no Brasil, apenas 22% das pessoas com mais de dez anos de idade têm boas condições de conectividade. 

Esse cenário também se reflete no ambiente escolar. O Censo Escolar 2024, do Ministério da Educação (MEC), mostrou que 90,2% das instituições de ensino fundamental já contam com conexão à internet. No entanto, quando se analisa o uso efetivo dessa tecnologia em sala de aula, para atividades de ensino e aprendizagem, os dados caem para 67,1% das escolas. E quando se considera o uso dos alunos, esse número diminui para 48,8%. 

Além desses, existem outros desafios para uma inclusão digital de fato: 

  • Infraestrutura inadequada: muitas instituições não dispõem de equipamentos suficientes para atender todos os alunos. Ainda de acordo com o Censo Escolar 2024, 66,6% das escolas de ensino fundamental oferecem computadores e notebooks para os alunos, e apenas 22,8% disponibilizam tablets. 
  • Formação de professores: a capacitação docente para o uso pedagógico das tecnologias ainda não é uma realidade em muitas redes de ensino.  
  • Falta de políticas públicas: muitos projetos de inclusão digital ainda dependem de iniciativas pontuais ou investimentos, o que compromete o crescimento dessas ações. Em 2023, no entanto, o governo federal lançou a Estratégia Nacional de Escolas Conectadas, para garantir a conectividade em todas as escolas públicas de educação básica do país e o apoio à aquisição e melhoria de dispositivos e equipamentos. 

Como promover a inclusão digital 

Uma das formas de promover a inclusão digital nas escolas e desenvolver o pensamento computacional e competências digitais nos alunos é por meio do ensino de programação.  

A Start by Alura, por exemplo, proporciona que os estudantes aprendam programação de forma prática, com atividades “mão na massa”. Usando linguagens como HTML, CSS, Scratch e JavaScript, os alunos se tornam protagonistas na criação de projetos contextualizados a seus interesses e integrados a outros componentes curriculares, como ciências, artes e matemática.  

No Ensino Fundamental, os estudantes trabalham, entre outros tópicos, estruturas condicionais, estruturas de repetição, recursão e autômatos. No Ensino Médio, funções, algoritmos, prototipagem e segurança digital. 

Assim, os alunos se preparam para encontrar soluções não apenas referentes à tecnologia, mas também nas demais áreas do conhecimento, podendo ser aplicadas em inúmeras situações, desde a resolução de problemas cotidianos até o desenvolvimento de projetos complexos. 

Com o ensino do pensamento computacional por meio da programação, seus alunos e alunas vão desenvolver as competências fundamentais para navegarem por qualquer carreira no futuro! Conheça a Start by Alura e transforme a vida de seus estudantes por meio da tecnologia! 

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